domingo, 26 de outubro de 2008

O TROVADOR



Hoje procurei por você, para te encontrar e me deleitar de paixão.
Tentei olhar nos seus olhos, em sua face, mas não conseguia ver seus olhos, nem os traços de seu rosto, muito menos seu sorriso sedutor, letal e fatal.
Sabia quem eras, mas não conseguia lhe visualizar inteiramente. A representação incompleta que por alguns minutos quase completa.
Queria pegar em seus cabelos, mas não podia ao menos sentir sua respiração ou suor. Porém, ali estavas.
Não sabia se com ou sem roupa, na rua, no quarto, no corredor, na cozinha, na rede, na cama ou na cadeira.
Se me beijava ou olhava-me. Não era ali naquele momento o que poderia se chamar de amor, apenas paixão, o imediato. Foi rápido.

...

Por fim, abri os olhos, acordei (?), despertei, voltei a mim, estava ali, sozinho.
Era você a ilusão, o sonho. Porém, se impunha por alguns minutos, arrancou-me sensações.
O presente que não se encontra presente. O que existe mas não existe. Espelha-se e toma as formas de alguém quando na verdade não é. Apenas um ideal, a fantasia, mera expectativa. Tão rápido chega, mais rápido se vai. Cria-se por mim para mim. No fim, apenas o EU, você se desfez, foi-se embora. Até eu lhe chamar novamente.

Um comentário:

A silenciosa disse...

É impressão minha ou precisamos nos ver?! rs!!!!
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk