quinta-feira, 22 de abril de 2010

Persistência



Se tem algo que aprendi no último ano foi ter persistência.

Entendi que meras intenções não fazem futuro. Por muito tempo fiquei apenas nas intenções. Aquela coisa do pensamento mágico, típico em adolescentes, de que "no final as coisas acontecem".

Não adianta apenas dizer que vai fazer um dia o que é para ser realizado agora. Existem períodos na vida em que não há mais tempo para os costumeiros vacilos e fraquezas. Quando você se esforça para alcançar objetivos, começa a entender um pouco mais os pragmáticos.
Um conhecido me disse "não corra demais para não virar maratonista", discordo, antes maratonista do que ficar o resto da vida, questionando-se acerca dos motivos de um dia você nem ter colocado os tênis nos pés para tentar ganhar uma corrida.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Aprendendo a ser minoria

Memorial dos Judeus (Berlim)


Existem épocas da história onde as minorias são jogadas para o canto da sociedade como algo a ser calado.

É difícil fazer parte de uma minoria.

Principalmente quando as idéias e os ideais que você acreditava finalmente estar ascendendo no mundo são sufocados por vozes de uma maioria implacável, que abafa no grito e acidez a tentativa da transformação. É lamentável ver o retrocesso na capacidade de se conviver com o que é diferente.

Senti-me essa semana assim, como voltando ao tempo do pão e circo romano. Na arena pessoas são expostas a diversas humilhações e a maioria aos gritos, bêbadas pela desgraça alheia.

Como se analisa uma sociedade? Nas teorias e teses universitárias? Sim, talvez. Mas penso que através dos livros não conseguimos nem 1% da compreensão que se pode obter na vivencia de um país, no dia a dia de um povo, nas rodas de conversa ou até mesmo observando o comportamento humano num popular programa de televisão. (O que estou dizendo aqui não é novidade, a Antropologia já estuda populações dessa forma há muito tempo).

Mas a minoria tem seu papel: o da tentativa. Movidos por uma enorme paixão elas militam por transformações e direitos. Sem minorias não existem mudanças. Sem mudanças não há história.