Rodando e rodando
Carrossel...
movendo rapidamente mas indo a lugar nenhum
Roda Gigante Diga-me como se sente por estar tão elevado?
Olhe para baixo É só?
só só
agora ele voltou para casa
E deixe-se vaguear
É só?
só
só
De Norah Jones
Música: Carnival Town
Sempre gostei dessa música. Perguntei a pessoas que gostavam o que a canção despertava em cada uma delas e a resposta era sempre parecida "algo profundo, reflexivo".
Norah Jones é uma cantora que coloca o ouvinte em contato direto com a própria subjetividade. Sou um admirador do trabalho dessa cantora que alguns chamam de "música para dormir", "depressiva" "triste" e outros muitos adjetivos.
Bem, pensem o que quiserem, eu acho espetacular canções que me levem a reflexão.
Em Carnival Town encontrei um sentido para a música (leia-se, análise pessoal, não sei ao certo qual o significado para a cantora).
Temos ali um mundo de fantasia, uma longa viagem ao mágico e lúdico bem representados na figura do circo e parque de diversões. O fantástico ali se realiza, nas cores fortes dos brinquedos , nas risadas das crianças e no encontro com palhaços. Mágica e magia materializada. O carrossel roda roda, quem compreende o sabor disso para uma criança? Na Roda Gigante, o prazer do beijo dado no alto, a maior proximidade com as estrelas, o enxergar o mundo um tanto menor.
A fantasia preenche o ser humano por minutos, segundos, talvez horas.
Porém, assim como na música ("e só? e só?") chega o momento da volta para a casa, o restabelecimento com o real.
De Norah Jones
Música: Carnival Town
Sempre gostei dessa música. Perguntei a pessoas que gostavam o que a canção despertava em cada uma delas e a resposta era sempre parecida "algo profundo, reflexivo".
Norah Jones é uma cantora que coloca o ouvinte em contato direto com a própria subjetividade. Sou um admirador do trabalho dessa cantora que alguns chamam de "música para dormir", "depressiva" "triste" e outros muitos adjetivos.
Bem, pensem o que quiserem, eu acho espetacular canções que me levem a reflexão.
Em Carnival Town encontrei um sentido para a música (leia-se, análise pessoal, não sei ao certo qual o significado para a cantora).
Temos ali um mundo de fantasia, uma longa viagem ao mágico e lúdico bem representados na figura do circo e parque de diversões. O fantástico ali se realiza, nas cores fortes dos brinquedos , nas risadas das crianças e no encontro com palhaços. Mágica e magia materializada. O carrossel roda roda, quem compreende o sabor disso para uma criança? Na Roda Gigante, o prazer do beijo dado no alto, a maior proximidade com as estrelas, o enxergar o mundo um tanto menor.
A fantasia preenche o ser humano por minutos, segundos, talvez horas.
Porém, assim como na música ("e só? e só?") chega o momento da volta para a casa, o restabelecimento com o real.
Acho que a vida também é assim, amamos a fantasia momentanea, os segundos fora da realidade, adoramos o parque de diversões do faz de conta no dia a dia, talvez seja esse um dos maiores desafios de alguém: saber a hora de sair desse parque de diversões e encarar a realidade. Não que o mágico seja ruim, mas não se pode viver apenas em uma cidade de luzes intensamente brilhantes.
Um comentário:
Pra mim, essa música é uma das mais tocantes do album Feel Like Home. Norah Jones me leva a viajar.
Quem consegue encontrar momentos de introspecção dentro de um parque? Esse fenômeno faz deste individuo especial?
parabéns pela postagem. Abraços.
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