Era uma vez um espetáculo teatral.
Três amigos dirigiram, atuaram e escreveram uma obra.
Apesar das muitas dificuldades enfrentaram tudo e todos para alcançarem a plenitude de tão belo trabalho.
Nada os destruía.
Os pontuais conflitos de personalidade entre eles não eram capazes de deter o show.
Os invejosos muito menos.
E assim foi. Construíram com entusiasmo uma obra que lhes renderam grandes elogios e certa quantia em dinheiro. Foram tantos os aplausos. Os críticos que torciam o nariz se renderam.
Por fim, o espetáculo acabou. Cada qual seguiria com sua vida, porém, a amizade permaneceria. Para sempre lembrariam-se do extraordinário feito.
O bonito espetáculo que os três haviam criado era composto de várias cenas, porém, uma destas era parte significativa e importante da obra. Um dos criadores resolveu então patentear para si as falas desta cena.
Veio a tempestade...
Os dois outros amigos não concordaram com a decisão.
Porque você tinha de estragar tudo? Disse um.
Éramos três, batalhando dia a dia, sol a sol num objetivo tão bonito, em prol de algo tão espetacular, tomaste para si algo que era nosso, disse o outro.
Vocês brigam por tolice, ainda são os donos da obra, peguei para mim apenas algumas falas de uma única cena. Se quiserem, posso pagar a importância que lhes cabe. Argumentou.
De nada adiantou. Aquela conversa não chegou a consensos.
O que estava em jogo era o valor sentimental da união, esta, maculada por aqueles fragmentos de uma cena que custaria a perfeição de uma lembrança: da grande força que é a amizade e o companheirismo.
Há um ano
Um comentário:
Perfeito... lindo texto!!!
aproveitando a oportunidade, quando vamos terminar nossa peça ne começada? rs
beijos amigo!
Postar um comentário