segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Metáfora dos Heróis de Guerra das relações humanas.

Vou contar a história dos heróis de guerra anônimos:
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Um soldado andou (em sua missão) percursos de milhões e milhões de quilômetros, isso por muito tempo. Em um certo dia, ele não pode cumprir a andança por motivos justos. Foi fuzilado.

Um outro era telefonista no front. Atendia sempre todas as chamadas remetidas. Um dia por um motivo justo não atendeu. Foi queimado.

Ainda havia um outro soldado, este comprava todos os itens de segurança para as batalhas. Certo dia, faltou um item por força maior. Foi metralhado.

Esse são apenas alguns exemplos. O que todos eles tinham em comum?
Não podiam ser humanos, com erros, antes disso, deveriam ser máquinas da perfeição. O sistema era implacável. Não existia nada que pudessem fazer, nada estava certo, nada estava bom.
O soldado "perfeito" é que aquele que não reclama, apenas segue as ordens. Aceita tudo. Não pode ter projetos ou vontade própria, apenas as do sistema, que ironicamente também tem seus muitos defeitos.
Passei muito tempo sem entender, porém, cada vez mais compreendo o porque de tanta gente ter medo de entrar no exército. Uns soldados morrem, outros desertam, alguns insistem. São todos heróis, heróis de guerra.

SABE?

Sabe?
Desde de criança sou assim, não suporto ver ninguém que gosto passar por algum problema sério que me envolvo, nem que seja no meu silêncio, estou ali, sentido pelo outro. Com o tempo fui aprendendo a manter uma distância necessária para não me desestruturar, me envolver demais, porém, dependendo da proximidade ainda me abalo. (Por sinal, é assim que estou no momento).
Pior ainda são as situações que de tão complexas não se tem em vista uma solução razoável. Um conselho para você (não pra mim, pelo menos não nessa situação específica): diante desse círculo neurótico de problemas, não tenha dúvidas, o melhor é refugiar em si mesmo, deixar as questões insolucionáveis pra quem é de direito e investir no que nos faz bem.